O advogado da Telexfree, Horst Fouchs, está no Acre para acompanhar o caso da empresa, que foi proibida pela Justiça acreana de realizar novos pagamentos e adesões ao sistema na última terça-feira (18). De acordo com ele, a empresa está tomando as 'medidas cabíveis' para resolver o problema.
"A única coisa que vou falar hoje é que as providências cabíveis estão sendo adotadas. Essa frase é minha resposta e não posso falar nada enquanto não finalizar", explica. Ele diz que essa resposta serve até mesmo para os investidores que estão preocupados com a situação.
Um desses investidores é Cladston Moura, de 38 anos, ele diz já ter investido até R$60 mil na Telexfree e está acompanhando a situação com apreensão. "Causa um pouco de preocupação porque envolve justiça, mas creio que não vai prejudicar nossos serviços porque a Telexfree até hoje não tem demonstrado que vai causar prejuízo algum a nós divulgadores. Eles sempre postam cada vez mais motivação para a gente prestar nosso serviço. Então, em momento algum tenho preocupação com a Telexfree, tenho preocupação com a decisão da Justiça", conta.
No último dia 18, a juíza Thaís Borges, da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco julgou procedente a medida cautelar preparatória de ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado do Acre contra a Telexfree.
No entendimento das Promotorias de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos do MPE/AC, a Telexfree é suspeita de realizar um esquema de pirâmide financeira usando o disfarce de empresa de marketing multinível.
A decisão da Justiça acreana de proibir os pagamentos para os associados e realizar cadastros de novas pessoas é válido para todo o Brasil. A Telexfree está obrigada ainda a divulgar um aviso em seu site. A multa diária em caso de descumprimento da decisão é de R$500 mil. De acordo com a promotora de Defesa do Consumidor, Nicole Gonzales, o próximo passo agora é entrar com a ação principal contra a Telexfree, o que deverá ocorrer em até 30 dias.
G1