Apesar do crescimento de casos de transmissão do vírus ebola pelo mundo, com a confirmação de 8.033 pessoas contaminadas pela doença com 3.865 mortos em vários países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Paraíba não possui uma barreira sanitária em portos e aeroportos para impedir a entrada de pessoas infectadas no Estado. Segundo informações das secretarias de Saúde Municipal de João Pessoa e Estadual, não existe nenhuma orientação do Ministério da Saúde (MS) para proibir a entrada de estrangeiros nos Estados da federação.
As informações divulgadas pela OMS foram registradas pelo órgão até o último dia 5 e a preocupação de contágio aumentou na Paraíba após a suspeita de um guineense que deu entrada em um hospital do município de Cascavel, no Paraná, após apresentar sintomas de febre, que tiveram início na última quarta-feira.
Segundo o MS, ele veio para o Brasil no dia 19 de setembro.
Mesmo com o alastramento cada vez maior do vírus, a gerente de Vigilância à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Renata Nóbrega, afirmou que nenhuma determinação foi dada pelo MS para impedir ou controlar a entrada de estrangeiros nos Estados. “Não temos como barrar nem podemos impedir o direito de ir e vir das pessoas. Nosso papel é monitorar e, em casos suspeitos, encaminhar para as unidades de referência”, explicou.
Ainda de acordo com a representante da SES, não existe ainda uma vacina para a doença. Para se prevenir, ela aconselha que a melhor forma é evitar o contágio com possíveis pessoas infectadas.
Segundo Renata Nóbrega, a orientação da SES é que as secretarias municipais de saúde espalhem informativos, que foram elaborados pela pasta com informações do MS sobre a doença.
“Estamos orientando as secretarias municipais a monitorar os possíveis casos da doença, para direcioná-los aos hospitais de referência. E, além disso, que eles divulguem o informativo que preparamos com orientações aos profissionais da saúde”, acrescentou.
O ministro da Saúde, Artur Chioro, informou ontem em entrevista coletiva que o paciente do país africano passou por procedimentos de urgência e exames, que deram negativo para a doença. Outras amostras de sangue foram retiradas para uma segunda análise e os resultados devem sair hoje.
Fonte: Othacya Lopes-Jornal da Paraiba