De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo menos uma morte é registrada a cada seis acidentes ocorridos nas estradas federais no Sertão da Paraíba. Na região de João Pessoa, há uma morte para cada 30 acidentes. "Na região da capital do Estado há mais acidentes pequenos, com vítimas leves. Já no Sertão, principalmente no trecho entre Santa Luzia e Patos, os acidentes são mais graves", afirmou o inspetor Jeferson Costa, da Fiscalização da PRF.
De janeiro até o dia 2 deste mês, a PRF registrou 3.772 acidentes nas rodovias federais do Estado, com 157 mortes. Na região de Patos, foram 438 acidentes, com 60 mortes. Já na região de João Pessoa, foram 2.620 acidentes, com 42 mortos. Na região de Campina Grande, foram 714 acidentes e 55 mortes. Durante todo o ano passado, foram registrados 3.874 acidentes, com 221 mortes.
Conforme o inspetor Jeferson, as causas do maior número de mortes nas estradas do Sertão são pistas simples (sem duplicação), que facilitam a colisão frontal; a grande quantidade de lombadas na rodovia, que diminuem a visibilidade na ultrapassagem; e o menor fluxo de veículos, que faz com que os motoristas andem em alta velocidade.
Segundo ele, o trecho entre Santa Luzia e Patos, onde ocorreu o acidente que provocou as 13 mortes no último fim de semana, é o mais perigoso do Sertão, justamente pelo grande número de lombadas e açudes à margem da rodovia.
"A velocidade excedente e a falta de atenção são as principais causas de acidentes. Mas, há também outros fatores que contribuem, como a desatenção", destacou o inspetor da PRF.
Segundo ele, a quantidade de acidentes nas rodovias paraibanas este ano não deve crescer 10%, como vinha acontecendo a cada ano. "Este ano deverá ter um pequeno aumento, mas deve ser menor do que a média dos anos anteriores. Isso se deve à colocação de radares, que fez com os motoristas diminuíssem a velocidade dos veículos", explicou Jeferson.
Jornal da Paraiba