Levantamento feito pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba constatou que, em 2010, foram realizadas 68 ações criminosas em bancos da Paraíba, entre assaltos, explosões e tentativas de assalto. Para garantir mais segurança para a população paraibana neste âmbito, o MPPB está elaborando o projeto Bancos, a ser desenvolvido nas Promotorias do Estado.
O projeto foi apresentado aos promotores de Justiça do Sertão, durante o I Encontro Criminal do MPPB, realizado, nesta terça-feira (6), em Cajazeiras. A apresentação foi feita pelo promotor Herbert Carvalho, do Gaeco, e pelo promotor Bertrand Asfora, que coordena o evento e o Centro de Apoio Operacional às Promotorias Criminais.
De acordo com Bertrand Asfora, é necessário uma maior participação dos municípios no combate aos crimes ocorridos em bancos. “Para tanto, o projeto pretende impulsionar os municípios a criarem leis municipais que exijam dos bancos mais segurança como câmeras internas e externas de forma a contribuir com a investigação dos casos ocorridos”, disse o coordenador.
“Precisamos apurar como funciona o modus operandi das gangues. Isso é um verdadeiro temor social. As gangues chegam nas cidades atirando, assustando a coletividade, fazendo cidadãos reféns. Nossa ideia é ter uma atuação social nessa área”, disse.
Segundo Bertrand Asfora, o projeto vai sugerir aos prefeitos a criação dessa lei municipal e, a partir daí, os promotores poderão expedir recomendações aos bancos para que garantam a segurança do cliente e, se for necessário, ajuizar uma ação civil pública. Ele informou que João Pessoa já possui uma lei nesse sentido.
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