Paraíba é o 3º estado do nordeste em números de mortes violentas

A Paraíba está em terceiro lugar no Nordeste em número de mortes violentas. Das 23.7 mil mortes registradas em 2010 no estado, 2,4 mil ocorreram de forma violenta, o que representa 10,6% do total. Destas, 56,3% vitimaram homens. Dos óbitos considerados violentos, que incluem homicídios, acidentes de trânsito, suicídios, entre outros, 28,3%, o que corresponde a 718 casos, vitimaram pessoas com idades entre 15 e 24 anos. Nesta categoria, os homens somam 71,5%, e as mulheres 33,0%. A proporção de óbitos violentos no Nordeste envolvendo homens é de 4,9%. O estado supera a média nacional (3,9%) e fica atrás apenas da Bahia (5,2%) e Pernambuco (5,4%). Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazem parte das Estatísticas do Registro Civil 2010.
Os homens ainda representam a maior parcela, com 2,1 mil mortes. As mulheres que perderam a vida de forma violenta somaram 339. Na Capital, foram 4,5 mil mortes no mesmo período, sendo 520 violentas. Destas, 462 vítimas foram homens e 58 mulheres. Entre os municípios paraibanos com maior número de óbitos envolvendo jovens que tinham de 15 a 24 anos, João Pessoa aparece no topo, com 246 mortes em 2010; Campina Grande, 108; Santa Rita, 39; Bayeux, 32; Patos, com 23.
Entre os estados onde ocorreu maior número de mortes violentas, Pernambuco lidera com 5,4%; a Bahia vem em segundo lugar, com 5,2%; e o Rio de Janeiro ocupa a terceira colocação, com 5,1%. A unidade da federação com menor percentual de mortes violentas é o Amazonas, com 2,7%. Nos estados, as proporções mais significativas de mortes violentas de homens, em 2010, foram registradas no Amapá - com 24,4% dos óbitos - e Alagoas - com 23,0%. Mato Grosso e Maranhão são os que apresentaram maior percentual de mortes de mulheres, com 7,3% e 6,4% respectivamente.
O supervisor de Pesquisas Sociais do IBGE, José Pereira de Araújo, afirma que o número de mortes de jovens com idade entre 15 e 24 anos é alto e merece uma análise. "É um dado que precisa ser investigado para que se descubra o que está por trás destes números", observa. As pesquisas que resultaram nas Estatísticas do Registro Civil 2010 são realizadas a cada três meses e incluem informações colhidas nos cartórios de registro civil, varas de família e tabelionatos. Os números não fazem parte do Censo. As Estatísticas do Registro Civil são publicadas desde 1974.

 Jornal O norte