Em sua primeira entrevista coletiva após uma temporada nos Estados Unidos, o ex-governador Cássio Cunha Lima desmentiu os boatos de que iria se desfiliar do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) para aderir ao PSB, do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho.
No primeiro tempo de seu discurso, ele investiu em fortes críticas ao atual governador, José Maranhão (PMDB), que assumiu o Estado em decorrência da cassação do mandato do tucano.
Cássio anunciou que vai manter a unidade do partido e ressaltou que quer continuar unindo as forças de oposição contra a atual administração do Estado. Ele defendeu a candidatura de Cícero Lucena para o cargo de governador.
Ele informou que "não vai entrar no jogo de Maranhão e não vai antecipar as eleições", referindo-se às intrigas políticas que envolvem o pleito estadual de 2010.
"É preciso construir propostas e alternativas antes de recorrer às táticas", comentou em relação às possíveis alianças que o PSDB pode fazer com outros partidos.
"Maranhão é o símbolo do atraso. É um governador derrotado e ilegítimo", declarou Cássio Cunha Lima. Ele diz acreditar que em 2010 "o povo vai resgatar a sua soberania", podendo creditar novamente ao PSDB o poder que lhe foi tomado com o processo de cassação.
A entrevista coletiva teve início com meia hora de atraso, por volta das 11h30, na sede da Associação Paraibana de Imprensa, em João Pessoa.
