A história de Bilu, como é carinhosamente conhecida por todos em Várzea, é um verdadeiro exemplo de fé, resistência e amor. Tudo começou no ano de 2018, quando um simples exame de rotina apontou algo aparentemente inofensivo: uma plaqueta baixa. Ninguém imaginava que aquele resultado seria o início de uma das batalhas mais difíceis e transformadoras de sua vida.
Sem um diagnóstico fechado, novas preocupações surgiram com o aumento dos gânglios no pescoço. Vieram então as primeiras biópsias, exames e o temor do desconhecido. O resultado inicial foi negativo para linfoma, e Bilu chegou a ser pré-diagnosticada com lúpus. Com o tratamento incorreto, sua saúde começou a se agravar, e os dias se tornaram mais desafiadores.
Em 2022, sem melhora e movida pela fé e pela coragem, ela buscou uma nova hematologista particular. Após novos exames e uma biópsia inconclusiva, foi solicitado um imuno-histoquímico, exame que finalmente revelou o verdadeiro diagnóstico: Linfoma de Hodgkin, tipo esclerose nodular — uma forma de câncer que já estava em estágio avançado.
Mesmo diante do medo, Bilu não se entregou. Foi encaminhada para o Hospital Napoleão Laureano, referência em oncologia na Paraíba, onde iniciou seis ciclos de quimioterapia. Mas a luta estava longe do fim. A doença resistiu e, mesmo após mais de vinte sessões de radioterapia, ela recebeu um diagnóstico errado de cura.
A falsa esperança durou pouco mais de um ano. Em pouco tempo, os sintomas voltaram e os exames confirmaram o retorno da doença. Era hora de encarar uma nova etapa — e talvez a mais desafiadora: o transplante de medula óssea.
Para isso, Bilu e o esposo Fargônio (Gony) seguiram para Natal, no Hospital Rio Grande, onde ela passou por quimioterapias intensas preparatórias e enfrentou um período de isolamento. Longe da família e dos amigos, entre lágrimas e orações, ela encontrou força na fé em Deus e em Nossa Senhora Aparecida, de quem é profundamente devota.
Durante o tratamento, o amor foi o maior remédio. Gony esteve ao seu lado em todos os momentos, segurando sua mão e renovando sua esperança a cada novo dia. A solidariedade dos familiares, dos amigos e da população de Várzea também foi essencial — uma corrente de fé que cruzou fronteiras e tocou corações.
E então, no dia 29 de outubro de 2025, veio o momento mais esperado: o diagnóstico de cura. Após sete anos de dor, lutas e incertezas, Bilu finalmente ouviu as palavras que tanto sonhou — e que fizeram toda Várzea se emocionar junto com ela.
Em meio às lágrimas de alegria, Bilu agradeceu primeiramente a Deus, à Nossa Senhora Aparecida, à família e aos amigos que nunca deixaram de acreditar, à equipe do Hospital Rio Grande, à sua médica Flávia Pimenta, do Laureano, e ao amor incondicional do seu esposo, Fargônio, que foi seu alicerce em toda essa jornada.
Hoje, Bilu se tornou símbolo de fé e superação. Sua história mostra que, mesmo nas fases mais difíceis, a esperança nunca deve ser abandonada. Que cada lágrima derramada se transforma em força, e que a fé verdadeira é capaz de operar milagres.
Várzea celebra, junto com ela, uma vitória que não é apenas pessoal, mas de todos que acreditam no poder da vida, do amor e da fé.
FONTE: BLOG JEFTE NEWS
