O Brasil registrou 19.631 novas infecções nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, são 710.887 casos foram confirmados. Já o número de mortes chegou a 37.312 nesta segunda-feira, com a notificação de 849 novos óbitos. Os índices foram coletados por um consórcio entre os veículos GLOBO, Extra, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, G1 e UOL.
A parceria entre os veículos de imprensa, anunciada nesta segunda-feira, tem como objetivo trabalhar de forma colaborativa para compilar os dados sobre a pandemia. Os números serão coletados diretamente com as secretarias de Saúde dos 26 estados mais o Distrito Federal.
Até a semana passada, os jornais e portais reunidos no consórcio realizavam reportagens a partir dos números divulgados pelo Ministério da Saúde.
A pasta, no entanto, passou a adiar a divulgação dos dados, inviabilizando a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. Além disso, o ministério também eliminou de seu site números consolidados, e o histórico da doença no Brasil, passando a apresentar apenas informações sobre casos e óbitos registrados nas últimas 24 horas.
Na semana passada, o empresário Carlos Wizard Martins, convidado a assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, aventou a possibilidade de que o número de óbitos por coronavírus fosse recontado, definindo os dados atuais como“fantasiosos ou manipulados”. Diante da repercussão de sua fala, neste domingo, Wizard anunciou em suas redes sociais que desistiu de tomar posse do cargo.
O secretário executivo do ministério, Élcio Franco, disse nesta segunda-feira que não haverá recontagem dos casos.
Ainda assim, o ministério cometeu novo erro na contabilização divulgada neste domingo, apresentando índices conflitantes relacionados ao número de casos e óbitos. Em nota divulgada nesta segunda-feira, a Saúde atribuiu o problema a “duplicações” e erros de revisão na quantidade de mortes de Roraima e da quantidade de diagnósticos no Ceará.
Até a Organização Mundial de Saúde se pronunciou esta segunda-feira, pedindo que o governo seja "transparente" com informações sobre a pandemia.
— O Brasil precisa entender onde o vírus está, como controlar os riscos. A OMS espera que a comunicação seja consistente e transparente — afirmou Michael Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da instituição — A OMS entende que o governo brasileiro continuará relatando diariamente dados sobre a incidência e mortes de forma separada.
Com a onda de críticas, o Ministério da Saúde comprometeu-se a divulgar às 18h seu levantamento. Segundo os dados liberados esta segunda-feira, o Brasil tem 707.412 casos confirmados e 37.134 mortes. Nas últimas 24 horas, desde o último boletim, houve registro de 15.654 novas ocorrências da doença, além e 679 novos óbitos.
Fonte: O Globo