Bolsonaro: Boletins de Covid-19 sairão às 22h para “evitar subnotificação”

O Ministério da Saúde passará a divulgar mais tarde os boletins diários com os números de infecções e mortes por coronavírus no país. Antes publicados entre à 17h e 19h, a cada 24 horas, os relatórios passarão a ser divulgados às 22h. 

A informação foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste sábado (6) em uma postagem em sua conta no Twitter. A razão para a mudança de horário, de acordo com o presidente, é para evitar subnotificações. 

“O @minsaude [Ministério da Saúde] adequou a divulgação dos dados sobre casos e mortes relacionados ao Covid-19 (...) As rotinas e fluxos estão sendo adequados para garantir a melhor extração dos dados diários, o que implica em aguardar os relatórios estaduais e checagem de dados”, escreveu Bolsonaro. 

“Para evitar subnotificação e inconsistências, o @minsaude optou pela divulgação às 22h, o que permite passar por esse processo completo. A divulgação entre 17h e 19h, ainda havia risco subnotificação. Os fluxos estão sendo padronizados e adequados para a melhor precisão.”

O boletim mais recente emitido pelo Ministério da Saúde, nesta sexta-feira (5), apontou a confirmação de 1.009 mortes por Covid-19 nas 24 horas anteriores no país, e 30.830 novos casos de infecções. No mesmo período, foram contatos 11.977 recuperados.

Com isto, o total de mortes decorrentes da doença no Brasil subiu para 35.026 mortes e o número de casos é de 645.771. A divulgação do último boletim já havia sido feita às 22h, no terceiro dia consecutivo de mudança no horário. A rotina de divulgações mais cedo, na faixa das 19h, era mantida desde abril, quando o ex-ministro Nelson Teich assumiu a pasta da Saúde.

“Ao longo do enfrentamento da doença, a coleta de informações evoluiu com capacitação e serviços laboratoriais. As medidas, assim, permitem obter dados mais precisos sobre cada região”, diz, ainda, a postagem do presidente.

“A divulgação dos dados de 24 horas permite acompanhar a realidade do país neste momento e definir estratégias adequadas para o atendimento a população. A curva de casos mostram as situações como as cenários mais críticos, as reversões de quadros e a necessidade para preparação. Ao acumular dados, além de não indicar que a maior parcela já não está com a doença, não retratam o momento do país. Outras ações estão em curso para melhorar a notificação dos casos e confirmação diagnóstica.”

Fonte: CNN BRASIL