Bombeiros, Samu e Ciop recebem 1 trote a cada 3 minutos na Paraíba

Resultado de imagem para trote por telefoneMotivo de grande preocupação entre os serviços públicos de emergência na capital, os trotes telefônicos continuam trazendo transtornos aos serviços do Samu, Corpo de Bombeiros e Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop). As “brincadeiras”, além de atrapalhar o desempenho no trabalho dos profissionais, impossibilita que ocorrências reais sejam atendidas.

Na maioria dos casos, os trotes são realizados por crianças e adolescentes que utilizam o telefone dos pais para fazer a ligação. Apesar das iniciativas e campanhas incentivadas pelas instituições, as ligações indevidas ainda representam um número expressivo, refletindo uma média 18,1 mil ligações em João Pessoa, entre abril e maio, considerando o número de casos envolvendo o Samu e Corpo de Bombeiros.

Nos horários de pico, a cada três minutos o Serviço de Urgência recebe um trote, o equivalente a 31% das ligações totais. Mais do que a perda de tempo, as ligações ocupam as linhas telefônicas dos centros de emergência e afetam o trabalho das viaturas e guarnições que são deslocadas para o local da ocorrência inexistente.

Considerado crime previsto pelo Código Penal, segundo o artigo n0 340, o trote aos serviços públicos de emergência tem grande impacto sobre os cofres públicos, que destinam, por ano, cifras milionárias para esses casos. Um dos grandes problemas enfrentados pelas instituições está na identificação e punição dos infratores e, como segurança, todos os serviços possuem um mecanismo de análise para registrar as ligações que são armazenadas em um banco de dados, sendo possível detectar a quantidade e origem de determinado número.

Como forma de prevenção, é feito um levantamento para identificar as pessoas que insistem em ligar para a central de atendimento e os casos reincidentes são encaminhamos para a Polícia Civil, que abre um processo de investigação criminal. Segundo o capitão do Ciop, Orlando Lima, a central recebeu mais de 3.500 ligações de apenas um número no mês de junho. Esse e outros casos já estão sendo investigados.

Campanhas
Para alertar sobre a importância dos serviços de emergência e conscientizar sobre as consequências dos trotes, as instituições têm investido em campanhas para abordar o assunto. Em 2017, o Ciop vinculou uma campanha nas redes sociais alertando sobre os perigos e prejuízos causados à população quando há casos.

Atualmente tem estimulado a utilização do aplicativo ‘SOS Cidadão’, que identifica os usuários que realizam chamadas de emergência para Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Junto ao NEP e à Central de Regulação, o Samu está desenvolvendo campanhas educativas nas escolas para a veiculação de um material contra o trote.

Lei
Com o intuito de evitar a comunicação falsa de crimes e impedir o desperdício de tempo e de dinheiro público, o Artigo 340 do Código Penal Brasileiro prevê a punição com pena de detenção de um e seis meses ou multa para os que provocam a ação de autoridades, comunicando a ocorrência de crime ou contravenção sem verificar a veracidade do fato.

Fonte: Redação