Foi preciso uma decisão do conselheiro substituto Antônio Cláudio Silva Santos, do Tribunal de Contas do Estado, suspendendo a contratação sem concurso público de 400 agentes para a Fundac, para se poder perceber a prioridade que o governador Ricardo Coutinho dá à segurança pública no Estado. Quando é pra contratar em pleno período eleitoral, o Governo tem dinheiro…
E não fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, quando é para nomear os 813 concursados da Polícia Militar, não há orçamento. O governador alega que iria ultrapassar os limites da LRF. E é que o governador prometeu nomear cinco mil policiais durante a campanha eleitoral, quando também jurou que iria resolver o problema da violência no Estado em seis meses.
E já se foram quase seis anos. Nem nomeou os policiais, nem reduziu a violência. Na verdade, nesse período, João Pessoa passou à condição de 4ª cidade mais violenta do mundo, em locais onde não há guerra. Na Paraíba dos tempos republicanos, os bandidos assaltam a cavalo, explodem agência bancária dentro de aeroporto, matam policiais e desafiam um sistema ineficaz de segurança pública.
Mas, o Governo tem dinheiro para contratar 400 pessoas em regime de processo seletivo, que compreende apenas entrevista oral e análise currículo, em meio a um processo eleitoral, onde o governador tem interesse direto. Esse é o cenário da Paraíba dos tempos republicanos, onde o interesse do cidadão se resume ao posso, mando e faço do governante.
Fonte: Blog do Helder Moura