Cerca de 80% dos médicos peritos da Previdência Social na Paraíba continuam em greve desde o dia 4 de setembro e os atendimentos para solicitação de benefícios no INSS podem demorar muito para acontecer. O movimento grevista completou 122 dias e não há expectativa de retorno aos trabalhos ou de negociações.
A delegada da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Nacional (ANMP) na Paraíba, Cláudia Wanderley, calcula que caso o segurado paraibano “for marcar perícia hoje possivelmente só vai ter vaga para o final de março, início de abril”. Ela lembra que a categoria decidiu que “durante a greve priorizamos os segurados que estão precisando do auxílio doença”.
O salário dos grevistas está cortado há dois meses e, mesmo assim, de acordo com a delegada Cláudia Wanderley, os médicos continuam realizando atendimentos de acordo com o mínimo exigido de 30%. Cláudia Wanderley afirmou que já foram encaminhadas 24 solicitações de audiência com o ministro da Previdência Social, mas nenhuma resposta foi dada para a categoria.
A delegada da gerência de João Pessoa enfatiza que a categoria está aberta a negociações, mas “o problema é que nós estamos vendo que o governo não está interessado em negociar”, segundo Cláudia Wanderley. De acordo com ela, as melhorias nas condições de trabalho são muito mais desejadas do que o próprio reajuste que a categoria requer.
Mais de dois milhões de atendimentos já deixaram de ser feitos em todo o país desde o início da greve dos médicos peritos, de acordo com Cláudia Wanderley. Ela afirma que apesar da greve, os médicos têm ido trabalhar, mas lamenta também que o número de agendamentos está muito pequeno. Segundo Cláudia, os médicos estão indo trabalhar e não encontram agenda aberta para realizar os atendimentos.
Fonte: ClickPB