Patos comemora 108 anos de Emancipação Política sendo a capital do sertão

Patos comemora 108 anos de Emancipação Política e nós prestamos nossa homenagemA cidade surgiu no século XVIII, com a formação de um povoado em torno da capela de Nossa Senhora da Guia, doada em 1752 pelo fazendeiro Paulo Mendes de Figueiredo. Segundo a tradição, o nome originou-se da Lagoa dos Patos, hoje aterrada, às margens do Rio Espinharas.


Sua emancipação política deu-se a 13 de dezembro de 1832. Foi elevado de vila a categoria de cidade, através da lei n.º 200, de 24 de outubro de 1903, sendo, portanto seu aniversário comemorado nessa data.
O povoado venceu, cresceu, virou vila, e a partir de 1903 se transformou em cidade. Hoje , Patos é presença cada vez mais fundamental no desenvolvimento da Paraíba. As várias atividades do comércio e da indústria, com destaque para os setores coureiro-calçadísta e agropecuário, geram emprego, renda e significativas divisas para a economia do estado. Por isso é uma satisfação para qualquer governo, além de ser obrigação, trabalhar por um povo que enfrenta suas dificuldades com altivez e vence seus desafios com dignidade. Patos que já passou dos cem anos, não pára de crescer e vai pra muito mais de cem. A Morada do Sol será sempre um grande motivo de orgulho para toda a Paraíba.
Origem e evolução
Tomando por base a Bacia do Paraíba, no que se refere aos seus antigos habitantes, os registros da história apontam os índios Cariris como pioneiros na exploração,com fixação predominante na região da Borborema, além dos aglomerados situados nas margens dos rios do Peixe e Jaguaribe. Com a chegada da Nação Potiguara, proveniente do sul do Brasil, que se localizou no litoral paraibano, passou a existir a luta pelo domínio territorial, obrigando a retirada da primeira tribo, com destino ao interior. Nessa fuga da taba original ocorreu uma desagregação, com a formação de novos grupos, proclamados como indepedentes, dentre os quais Pegas e Panatis que se situaram na região das Espinharas.
No século XVII, começaria o embate entre índios e brancos, época em que a família Oliveira Ledo,vinda da célebre Casa da Torre, nas margens do São Francisco, chegava ao Sertão depois de atuar no Cariri, com objetivo de conquistar a propriedade das terras, para efeito de colonização. As duas organizações indígenas situadas em Patos, somadas aos Coremas que fixaram moradia no Vale do Piancó, reagiram contra os desbravadores, numa luta das mais aguerridas, até a consolidação da soberania dos brancos, que finalmente puderam plantar a semente da civilização futura.
No encontro dos rios: Cruz, cuja nascente está localizada no sopé do Pico do Jabre e Farinha, originado na Serra da Viração, numa encruzilhada de caminhos, onde os tropeiros faziam parada, atraídos pela água corrente e os seus animais se deliciavam com fartura das pastagens, estava o cenário escolhido para a implantação das primeiras fazendas de gado. Com a união desses cursos de água natural veio a formação do terceiro rio,o qual fora denominado pelos índios de Pinharas e traduzido para a língua dos brancos como Espinharas, levando-se em consideração os ínumeros arbustos espinhentos que existiam no local, a exemplo de xique-xique, unha de gato, coroa de frade, urtiga e faveleira.Bem ao lado encontrava-se uma lagoa onde muitos patos fizeram o seu habitat natural, aves que seriam fonte de inspiração para a denominação do lugarejo.
João Pereira de Oliveira foi o primeiro a se fixar com fazendas de gado em solo das Espinharas. Ele recebera uma doação do pai, Antônio de Oliveira Ledo, cuja terra, na localidade Farinha, foi demarcada em 1670 e confirmada pelo então Governador do Brasil,Alexandre de Sousa Freire.
José Permínio Wanderley, citou em seu livro “Retalhos do Sertão” que João Pereira de Oliveira, vendeu a referida propriedade ao Coronel Domingos Dias Antunes que mais tarde adquiriu também do seu contemporâneo, o Sargento-mor José Gomes Farias,a fazenda Itatiunga,que em tupi guarani significa “Pedra Branca“, a qual fazia limite com a primeira. Por morte do coronel, as vastas terras foram inventariadas com os filhos: Mariana e Antônio, sendo que esse último vendeu sua herança ao Capitão Paulo Mendes de Figueiredo,que na referida época já residia na Fazenda Patos.
Cidade rica em minério e centro de comercialização da agricultura regional, Patos destaca-se como um dos municípios de mais rápido desenvolvimento industrial do sertão paraibano.
Patos é um município do estado da Paraíba, localizado à margem esquerda do Rio Espinharas. Tem uma altitude de 242m e clima semi-árido e quente.
A economia baseia-se na cultura do algodão e do feijão. As principais indústrias são as de calçado, extração de óleos vegetais e beneficiamento de algodão e cereais. Tem grande riqueza mineral, com jazidas de mármore cor-de-rosa e ocorrências de ouro, ferro, calcários e cristal de rocha. Patos liga-se a todo o Nordeste e ao Sul por ferrovia e rodovias.
De acordo com o IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2006 sua população era estimada em 99.494 habitantes.
Distante 301km de João Pessoa, sua sede localiza-se no centro do estado com vetores viários interligando-o com toda a Paraíba e viabilizando o acesso aos Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará.
O Bê-a-bá do Sertão