A Mina da Quixaba, localizada no município de Várzea, no Sertão paraibano, volta a ganhar protagonismo no cenário econômico regional após a visita de empresários chineses ao local. Segundo informações repassadas pelo guia rural Marcos Medeiros, popularmente conhecido como Marquinhos Batera, os investidores estrangeiros fecharam acordo para a retomada das atividades da mina, com previsão de reabertura em 2026. A notícia gerou grande expectativa entre moradores e reacende a memória de um período em que a mineração foi uma das principais fontes de renda e desenvolvimento da região.
A Quixaba é reconhecida historicamente como uma das mais importantes áreas de extração mineral do município. Durante décadas, a mina foi responsável pela geração de empregos diretos e indiretos, impulsionando o comércio local e contribuindo significativamente para a economia de Várzea e de cidades vizinhas. Seu fechamento, ocorrido anos atrás, representou uma forte retração econômica para a comunidade, que agora vê a possibilidade concreta de um novo ciclo de crescimento.
O minério extraído na Mina da Quixaba é a scheelita, conhecida popularmente na região como xelita. Trata-se de um mineral de grande valor estratégico, por ser a principal fonte do tungstênio, um metal amplamente utilizado na indústria de alta tecnologia. O tungstênio se destaca por sua elevada resistência ao calor e à pressão, sendo empregado na fabricação de ferramentas de corte, componentes industriais, equipamentos elétricos, ligas metálicas especiais e aplicações tecnológicas avançadas. Esse alto valor agregado torna a scheelita um dos minérios mais cobiçados no mercado internacional.
Do ponto de vista geológico, a Mina da Quixaba apresenta características que a colocam entre as áreas de maior potencial mineral do Nordeste brasileiro. O depósito está inserido em um contexto geológico favorável à formação da scheelita, o que explica o histórico produtivo expressivo do local e o interesse de investidores estrangeiros. A presença desse tipo de mineralização coloca Várzea em um mapa estratégico da mineração, conectando o município a cadeias produtivas globais.
A visita dos empresários chineses representa não apenas um novo investimento, mas também a possibilidade de modernização das atividades minerárias. A expectativa é que a retomada venha acompanhada de novas tecnologias de extração e beneficiamento, aumentando a eficiência da produção e ampliando o impacto econômico positivo para a região. Com a reativação prevista para 2026, a Mina da Quixaba pode voltar a ser um importante polo de geração de empregos e renda, fortalecendo a economia local.
Além do aspecto econômico, o retorno da mineração reforça a identidade histórica de Várzea, município que tem sua trajetória marcada pela exploração mineral. A Quixaba simboliza um patrimônio produtivo que atravessa gerações e agora se projeta novamente para o futuro, despertando orgulho e esperança na população.
Com o investimento confirmado e a previsão de retomada das atividades, a Mina da Quixaba se consolida como um dos principais projetos econômicos do município para os próximos anos. A reativação da extração de xelita coloca Várzea novamente em destaque, sinalizando um novo capítulo de desenvolvimento, oportunidades e crescimento para toda a região.
