Um lote de vacinas contra a gripe já foi encaminhado para municípios da Paraíba e agora as campanhas de imunização já podem ser iniciadas a critério de cada cidade, segundo informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Os lotes da vacina que vão ser usados na imunização no estado já são de 2016 e foram enviados pelo Ministério da Saúde. A vacina é trivalente, ou seja, previne contra três tipos do vírus: H1N1, H3N2 e B.
Em Campina Grande e Cabedelo, por exemplo, a campanha começa nesta segunda-feira (11). De acordo com as secretarias de saúde dos municípios, a primeira etapa da vacinação é destinada as gestantes e trabalhadores de saúde.
A secretária de Saúde de Campina Grande, Luzia Pinto, explica que os profissionais de saúde do município já começaram a tomar a vacina desde a sexta-feira (8), quando o lote da vacina chegou à cidade. A recomendação para os profissionais que ainda não se imunizaram é de que procurem a coordenação do estabelecimento onde trabalha para se informar sobre o cronograma. As gestantes devem procurar um dos 12 postos de vacinação da cidade.
Somando os grupos prioritários, a população a ser vacinada na cidade este ano é de 88.591 pessoas. A meta é vacinar 80% deste público, o que corresponde a 70.872 pessoas. A maior parte é formada pelos idosos, são 43.349 pessoas com mais de 65 anos. São mais de 28 mil crianças, 6826 trabalhadores em saúde, 5693 pessoas com doenças crônicas, 4957 gestantes e 815 mulheres que deram à luz.
Até o momento já foram notificados 15 casos de infecção por H1N1 na cidade, sendo dois confirmados e treze em investigação. De todos os casos, apenas quatro são pessoas residentes em Campina Grande. Uma pessoa morreu e o diagnóstico foi positivo para a Influenza H1N1.
A cidade de Cabedelo recebeu, para esta primeira fase, 2.010 doses da vacina, e a expectativa é que sejam imunizadas 700 gestantes e 1.300 profissionais da Saúde .“Seguimos a recomendação do Ministério da Saúde e antecipamos o calendário. Estamos prontos para receber os grupos de risco - gestantes e profissionais da Saúde – e imunizá-los. A partir do dia 30, toda a população pode procurar a unidade de saúde mais próxima para receber a dose. Além disso, também estaremos com unidades móveis para distribuir a vacina a todos os recantos da cidade”, destaca a coordenadora de Imunização da secretaria de saúde do município, Missânia Moreira.
Campanha de vacinação estadual
O público da campanha em todo o estado é formado por grupos prioritários: gestantes, trabalhadores de saúde, idosos, puérperas, crianças a partir de 6 meses a menores de 5 anos, portadores de doenças crônicas, população indígena, funcionários do sistema prisional, pessoas privadas de liberdade e adolescentes e jovens em conflito com a lei. No caso do grupo de pessoas com doenças crônicas, será necessário apresentar uma prescrição médica que justifique a vacinação.
Porém, nesse primeiro momento da campanha vão ser vacinados apenas as gestantes e os trabalhadores de saúde. O Dia D da mobilização será realizado em 30 de abril.
A gerente estadual de Imunização, Isiane Queiroga, explicou que a campanha terá início apenas com esses grupos porque a distribuição por parte do Ministério da Saúde é feito gradativamente. Segundo Isiane, à medida que for recebendo vacinas, o Governo do Estado vai ampliar a campanha para os outros públicos. “A partir do início da campanha, avaliando a cada semana, vamos ampliando aos poucos para outros públicos até chegar o dia 30 de abril, data do início da campanha definida pelo Ministério da Saúde, quando todos os públicos prioritários terão acesso às vacinas”, informou.
Isiane ressaltou a importância de que, nesse momento, apenas aqueles dois públicos prioritários sejam vacinados. “Caso se comece a abrir exceções para outros públicos ou até para quem não está incluído no público alvo, vai faltar vacina para quem realmente tem direito”, disse.
A gerente estadual de Imunização explicou ainda que o Ministério da Saúde define os grupos prioritários com base em estudos epidemiológicos. “O objetivo desta vacina não é eliminar o vírus, e sim diminuir as complicações e a mortalidade, e este público eleito é o que tem os maiores índices de complicações e consequentemente mortalidade, caso acometidos por Síndrome Respiratória Aguda Grave. Por isso esse grupo foi escolhido, por abranger quem é mais propenso a desenvolver uma doença grave”, esclareceu Isiane Queiroga.
Fonte: G1PB