O deputado estadual e ex-prefeito Nabor Wanderley, entrou na Justiça nesta quinta-feira (14) com um pedido habeas Corpus preventivo. O intuito seria evitar ser preso pela Polícia Federal que vem realizando investigações da Operação Dom Bosco, cujo objetivo é desarticular uma organização criminosa estruturada para fraudar licitações e desviar recursos públicos em contratos.
A Polícia Federal também esteve na sede da prefeitura de Patos através de mandado de busca e apreensão com interesse de obter documentos referentes aos contratos entre a prefeitura e as empresas AMPLA e Mix Mercadinho. De acordo com o procurador da República, João Raphael Lima, as investigações começaram em 2012 e constatou que a organização agia simulando procedimentos licitatórios na modalidade “Carta-Convite”, nas quais competiriam, pretensamente, as empresas Papelaria Patoense, Mix Mercadinho e Livraria Dom Bosco. As investigações revelaram que a empresa Mix Mercadinho funcionava em nome de uma funcionária da Papelaria Dom Bosco, que também é parente dos proprietários da papelaria. Já a empresa Mix Mercadinho era de fato comandada pelos proprietários da Livraria Dom Bosco, os quais também se valiam de parceria comercial com a Papelaria Patoense para simular as licitações. O procurador declara ainda a respeito da possibilidade do esquema exisitir há mais de uma década e ter durado até o ano de 2013.
O deputado estadual Nabor Wanderley afirmou que ingressou com um habeas corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), alegando que o Ministério Público (MP) moveu uma ação penal que tramita no Tribunal Regional Federal da 5ª Região em virtude de um convênio para a construção de Poços nos anos de 2004 e 2005. No entanto, O MP alegou problemas na primeira fase do convênio, quando o prefeito de Patos na época era Dinaldo Wanderley. Nabor disse que o período de execução do convênio quando quando ele foi prefeito foi totalmente aprovado pela Funasa, tendo o órgão afirmado que inexistia qualquer irregularidade em sua gestão. Porém, que quando do ingresso da Ação Penal contra o ex-prefeito Dinaldo Wanderley, o nome de Nabor foi incluído também. Desta forma, o habeas corpus impetrado por Nabor Wanderley visa única e exclusivamente excluir o seu nome da ação Penal, tendo em vista que no período de sua gestão nada de irregular na execução do convênio foi constatado pela Funasa que, repita-se, aprovou o convênio referente ao seu período de gestão como Prefeito.
O deputado espera agora que o STJ retire o seu nome da ação penal por medida de justiça e de direito.
Fonte: PB Agora