Revólver com munições deflagradas é achado enterrado em presídio após rebelião na Paraíba

Celulares, espetos e facas foram apreendidosUm revólver calibre 38 foi encontrado por agentes penitenciários dentro de um dos pavilhões do presídio Serrotão, em Campina Grande, no final da tarde desta segunda-feira (27/07), depois da rebelião ocorrida na unidade durante a manhã. A arma, que estava com duas munições deflagradas e uma pinada (quando é acionada, mas não deflagrada), foi apreendida durante uma operação pente fino, conforme informou o secretário de Administração Penitenciária do Estado, Wagner Dorta. O motim durou pouco mais de duas horas.

Dorta adiantou que o revólver estava escondido em um buraco. Uma investigação interna está em curso para apurar se o tiro que atingiu o detento saiu da arma e como a ela entrou na unidade. Também está sendo analisada se os ataques a dois ônibus têm alguma ligação com a rebelião.

“Acreditamos que a arma teria sido usada para atirar nos agentes penitenciários durante o motim. Entretanto, vamos investigar se o tiro que atingiu o apenado saiu do revólver apreendido. Além da arma, encontramos dezenas de espetos, facas, celulares e drogas”, confirmou o secretário. A ação na unidade foi coordenada pelo Grupo Penitenciário de Operações Especiais e pela Força Tática Penitenciária, com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Ainda segundo o secretário, os detentos protestavam contra mudanças realizadas pela direção do local, como o horário do banho de sol. “Quando o preso não gosta do diretor, isso pra mim é um ponto positivo. Mudanças no banho de sol foram necessárias por questões de segurança. Vários objetos como drogas e celulares são jogados pelo muro durante o banho de sol e tivemos que fazer alguns ajustes”, disse.

O Serrotão abriga mais de 900 presos condenados pela justiça. A capacidade é de pouco mais de 400 detentos. A assessoria de imprensa do Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes de Campina Grande declarou que o estado do preso que deu entrada na unidade de saúde é grave.

Fonte: Hyldo Pereira-Portal Correio