A Paraíba tem 124 açudes sendo monitorados pela Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA). A capacidade de armazenamento de todos eles juntos é de 3.744.547.815 bilhões de metros cúbicos de água. Mas a pior seca dos últimos 50 anos não está dando trégua e, atualmente, o Estado tem apenas 74.901.964 milhões de metros cúbicos. Significa que a Paraíba já contabiliza uma perda de 3.669.645.851 bilhões de metros cúbicos e conta hoje com apenas 2% do total do seu manancial.
Dos 124 reservatórios monitorados pela Aesa, 44 estão com capacidade armazenada superior a 20% do seu volume total, 43 em observação (menor que 20% do seu volume total) e 37 em situação crítica (menor que 5%). Entre os que estão críticos, 11 já estão completamente secos.
E a previsão não é animadora. De acordo com a meteorologista Marle Bandeira, o que se espera para Cariri e Sertão é que as chuvas sejam de normal a abaixo da média. Já para Agreste e Brejo, a ocorrência maior de chuva é de abril a julho e a previsão atual é de que elas cheguem de forma irregular.
Segundo Marle, não há como prevê como ficará a situação dos açudes e barragens nos próximos meses. “A previsão, nesse sentido, é muito importante. Mas é a previsão diária quem vai dizer quanto vai chover”, explicou.
A situação preocupante fez com que os deputados estaduais se mobilizassem e uma Frente Parlamentar da Água foi instalada na Assembleia Legislativa da Paraíba nessa terça-feira (03/03) para discutir problemas e buscar soluções de curto e longo prazo que possam amenizar a atual realidade do abastecimento de água em dezenas de cidades paraibanas.
Quem também montou uma força-tarefa foi o Ministério Público Estadual que criou a Comissão Especial de Acompanhamento Sobre a Gestão das Águas (Ceasga), com abrangência em todo o estado.
Já a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba alerta para a economia que todos os cidadãos podem fazer contribuindo para o não desperdício.
Fonte: Blog do Gordinho