Reforma política: Efraim Filho defende fim da reeleição, mandato de cinco anos e voto facultativo

Reforma política, é o mote do deputado Efraim Filho (DEM) para a próxima legislatura, reeleito para a Câmara Federal, o democrata defende o fim da reeleição, mandatos de cinco anos, coincidentes e voto facultativo.

Em entrevista ao programa Rede Verdade da TV Arapuan, nesta sexta (31/10), Efraim afirmou que espera que a presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT), esteja ‘falando a verdade’ e chame para si a responsabilidade de construir um consenso para a reforma política. O deputado comparou a reforma a uma esclação de time de futebol. “Todos concordam que o time é bom, mas cada um monta um esquema na sua cabeça”, diz explicando diversos tópicos da reforma.

O deputado elencou que existem as questões do financiamento se será público, privado ou misto; o fim da reeleição, o mandato de quatro ou cinco anos, o voto facultativo ou obrigatório. “Qual reforma política que eu defendo: acabar com a reeleição, um mandato de cinco anos e coincidência de eleições. Algo nocivo são eleições a cada dois anos. Sou a favor do voto facultativo”, conta, defendendo a proposta que é de sua autoria na Casa.

Para o parlamentar, o Brasil tem que se preparar e quem tem que participar das eleições é quem tem interesse, quem está preparado, que acompanhou os guias, se ele (o eleitor) não tem interesse, vai sair de casa para anular o voto ou votar em branco, é melhor que não vá”, destaca. Assim, para o deputado, diminuiriam as filas.

“A democracia não é um dever é direito, e é cívico. O cidadão tem que entender isso. As vezes na primeira eleição a abstenção aumenta muito, mas da segunda em diante, você começa a ter um cidadão com vontade de participar é a única forma de transformar o país. Quem não participa perde o direito de reclamar”, conta.

O democrata ainda frisou que ‘uma coisa é o direito de votar e a outra é a vontade de votar’. “O direito foi uma conquista forte da liberdade e democracia. A vontade de votar é a liberdade do eleitor de protestar não indo às ruas, voto em branco ou nulo é um voto que o cidadão desperdiça. Quando você escolhe não votar em ninguém, está deixando que os outros escolham por você”, diz e continua: “Na eleição as vezes é isso mesmo, tem que escolher o menos pior. Quem compra voto e vende voto não deixa de votar, mas você que pode escolher bem, não escolhe para protestar e quem vendeu o voto decide que vai lhe governar”, pondera.  

Fonte: Marília Domingues