Em média, a cada oito horas, uma família paraibana é destroçada por um acidente de transporte (foram 1.072 mortes ano passado). E isso tem se tornado cada vez mais frequente. Há 10 anos, era uma tragédia a cada dois dias. Além de causar dor ao partir inesperadamente, muitas vítimas deixam famílias desamparadas, filhos sem sustento.
A maioria dos parentes não vai atrás dos seus direitos, por ignorá-los ou por achar que estariam negociando as mortes de seus queridos. Muita gente nem sabe que, além do seguro Dpvat e dos benefícios do INSS, a Justiça da Paraíba tem obrigado réus condenados por mortes no trânsito a pagar indenizações de até R$ 500 mil.
O problema é o acesso aos direitos. A dona de casa Maria Karla da Conceição, 29, não teve nem mesmo uma ajuda para o caixão do companheiro, atropelado na BR-230. A mulher mora na Vila Feliz, em Cabedelo, uma comunidade que guarda muitas infelicidades causadas pelo tráfego inseguro de pedestres na BR-230.
Fonte: Jornal Correio da Paraíba