Paraíba tem 1,5 mil queimados por ano; bombeiros orientam sobre como evitar casos com fogos

Fogos oferecem riscosA Paraíba registra uma média anual de 1,5 mil de pessoas queimadas. A maior incidência acontece no meio do ano por conta das festas juninas, com destaque para a véspera de São João.

Em 2013, foram atendidos mais de 30 casos entre os dias 22 e 25 de junho, somente na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital de Trauma da Capital, que é referência nesse tipo de tratamento.

O coordenador da UTQ do Trauma, Saulo Montenegro, informou que as crianças são as maiores vítimas dos acidentes com fogos. Elas são responsáveis por mais de 50% dos casos.

Por isso, ele orienta aos pais não deixarem crianças soltarem fogos. "No ano passado, por exemplo, tivemos o caso de uma criança que foi soltar um 'buscapé', e o explosivo caiu dentro da roupa dela", relatou.

O manuseio de fogos de artifício após a ingestão de bebida alcoólica é outro grande vilão dos acidentes, conforme Saulo. O médico lembrou de um caso também ocorrido em 2013 em que um paciente perdeu parte do dedo, ao acionar uma 'pistola de três tiros' e o equipamento voltou, atingindo a vítima que estava sob efeito de álcool.

"É uma mistura que não combina", alerta. Além de evitar o manuseio de fogos, quem estiver ingerindo bebida alcoólica deve evitar também usar líquidos inflamáveis, por exemplo, para acender fogueiras, fogos para churrascos e atos afins.

Outra dica de Saulo é sempre respeitar as normas de segurança dos fabricantes dos fogos de artifício.

O Hospital de Trauma possui 12 leitos para queimados, mas não há limite para atendimento, segundo o coordenador do setor. "Temos também outros leitos chamados como 'leitos fora da clínica' e estamos preparados para receber todos os casos que cheguem ao hospital", informou.

Dicas dos bombeiros
A dica do Corpo de Bombeiros para quem não deixa a tradição de comemorar com fogos de artifício durante o São João é ter responsabilidade ao soltar os explosivos, lembrando que quanto maior o potencial deles, maior a periculosidade.

De acordo com o órgão, não se deve permitir que crianças com menos de dez anos soltem fogos de médio e grande porte, limitando-as a usar os fogos luminosos e os de estalo, a exemplo dos traques. As crianças nunca devem soltar bombas ou outros explosivos potentes, mesmo as que estão acima dos dez anos.

O consumidor deve observar e seguir todas as informações sobre como soltar os fogos de artifício e nunca soltá-los próximo a copas de árvores e fiações elétricas. Outra dica dos bombeiros é não usar nenhum tipo de objeto sobre os explosivos, como latas e garrafas.

Fonte: Portal Correio