O exercício ilegal da profissão de educador físico foi o principal problema flagrado pelo Conselho Regional de Educação Física da 10ª Região (Cref10) em suas fiscalizações realizadas de janeiro até o mês passado. A preocupação aumenta na medida em que cresce o número de pessoas nas academias na busca de uma boa aparência para o verão que acaba de chegar. Foram autuados no total 187 academias e 75 profissionais, desses, 89 estabelecimentos foram notificados por permitir profissionais sem registro e 27 por exercer ilegalmente a profissão.
Segundo dados do Cref10, existem 258 estabelecimentos destinados a prática de atividades físicas, como academias e estúdios, espalhadas por todo o estado e cerca de 4.600 profissionais de educação física registrados na Paraíba e Rio Grande do Norte, uma vez que o Cref10 compreende os dois estados. O diretor do Departamento de Orientação e Fiscalização (COF) do Cref10, Eduardo Guimarães, explica que apesar do trabalho de fiscalização e autuação, o foco deve ser na conscientização da população.
“Fazemos o controle no exercício da profissão, mas o mais importante é conscientizar a população acerca dos problemas mais comuns encontrados. No caso de falta de atendimento adequado ou de alvará próprio para o funcionamento por exemplo, o cidadão deve trocar de academia e buscar aquela que se encaixe no perfil de adequação”, comenta Eduardo. A academia legalizada, que possui todos os requisitos exigidos pelo Cref10 recebe um selo do conselho que fica aficionado na entrada do estabelecimento.
A recomendação do Conselho de Educação Física é de que os interessados em entrar numa academia neste verão procurem lugares que foram indicados por amigos, que tenham alvará de funcionamento, visível na entrada, e o selo do Cref10. O Ministério Público da Paraíba, através da promotoria do consumidor e seu titular Glauberto Bezerra, dará início ao programa de segurança e saúde do consumidor em janeiro. Serão fiscalizados planos de saúde, hospitais, agrotóxicos e a segurança do funcionamento das academias de musculação.
A pressa para chegar a condição física ideal antes do verão na maioria das vezes incentiva alguns jovens a usar anabolizantes. A fiscalização do comércio ilegal da “bomba” não cabe ao Cref10, ainda que o conselho posa punir o profissional de educação física que recomendar e ou comercializar anabolizantes por infligir o código de ética da profissão. Uma operação denominada Ação Legal iniciada no mês passado intensificou os trabalhos de regularização das academias no interior do estado, até o momento foram visitadas 16 cidades do Brejo e Sertão paraibano. As punições para as academias que forem pegas irregulares variam desde multa até o interdição por tempo indeterminado.
Jornal O Norte