A Polícia Civil da Paraíba deu início nesta sexta-feira (25) à segunda parte da Operação Laços de Sangue, que investiga a atuação de pistoleiros em homicídios que seriam motivados por rixas entre famílias do Sertão paraibano, do Rio Grande do Norte e do Ceará.
Até as 11h (horário local), foram cumpridos quatro mandados de prisão na cidade de Catolé do Rocha, localizada a 411 km de João Pessoa. Foram presos três homens e uma mulher da mesma família, todos suspeitos de integrar grupos de extermínio.
De acordo com o delegado André Rabelo, da Delegacia de Catolé do Rocha, cada um dos homens foi preso em seu próprio estabelecimento comercial, enquanto a mulher foi detida dentro de casa.
A polícia ainda apreendeu uma pistola que estava na cintura de um dos suspeitos. Eles vão ser autuados por homicídio e formação de quadrilha.
Ao todo, a operação investiga a autoria de 95 homicídios, segundo o delegado. Além da atuação na 'pistolagem', alguns investigados são apontados como envolvidos em tráfico de drogas.
Em setembro, a primeira parte da operação prendeu pelo menos 15 integrantes dessas famílias com 18 armas, entre pistolas, escopetas e espingardas supostamente utilizadas nos assassinatos. O delegado André Rabelo ainda espera prender mais suspeitos de envolvimento nos crimes. Após a realização da operação, juízes e delegados envolvidos nas investigações passaram a receber ameaças de morte, o que motivou o Tribunal de Justiça a solicitar reforço na segurança.
G1 PB
A Operação Laços de Sangue contou com a participação da Polícia Civil de Catolé do Rocha, além dos Grupos Táticos de João Pessoa, Patos e Catolé, por ordem da Secretaria da Segurança e da Defesa Social da Paraíba.
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