Uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo mostra o rombo previdenciário na maioria dos estados. A Paraíba aparece em destaque com a informação de que no ano passado a previdência do Estado teve déficit de R$ 418,5 milhões.
Segundo a reportagem, cerca de um terço da despesa total do governo da Paraíba com pessoal (de R$ 2,9 bilhões em 2010) é destinado a pagamento de benefícios previdenciários (R$ 1 bilhão).
A matéria aponta que apenas cinco Estados arrecadam em contribuições previdenciárias pagas pelos servidores mais do que gastam com aposentadorias e pensões.
São, porém, casos excepcionais, o do mais novo Estado da Federação (Tocantins) e de outros quatro antigos territórios elevados a Estado (Acre, Amapá, Rondônia e Roraima) que recebem verbas federais para cobertura de parte de suas despesas correntes.
Todos os demais pagam mais benefícios do que arrecadam em contribuições previdenciárias.
Ainda de acordo com a reportagem, a situação do governo federal é muito pior do que a dos Estados, pois o regime próprio de previdência da União custou R$ 50 bilhões em 2010 e deverá custar R$ 57 bilhões em 2011.
Mas o governo federal tenta aprovar no Congresso a criação do fundo de previdência complementar para os novos servidores.
O governo do Estado de São Paulo, cujo déficit previdenciário alcançou R$ 7,7 bilhões em 2010, apresentou à Assembleia proposta semelhante à do governo federal. A criação desses fundos não traz alívio financeiro imediato, mas terá efeitos positivos no longo prazo.
A saída para o governos seria a criação de um fundo de previdência complementar que substitua o atual regime de benefício definido pelo regime de contribuição definida, como o que vigora para o trabalhador da iniciativa privada, mas muito poucos estão tentando fazer isso.
Jornal da Paraíba