CRM diz que médicos cariocas não podem atuar na PB e pede intermediação do CFM junto a Ricardo

Representantes do Conselho Federal de Medicina estão reunidos nesse momento com o Conselho Regional de Medicina para debater a vinda de médicos do Rio de Janeiro para atuar no Hospital de Trauma de João Pessoa. O presidente CRM, João Medeiros, disse que os médicos cariocas não podem atuar no Estado sem registro do órgão.
Os médicos, porém, já realizaram cirurgias no plantão do final de semana. E o CRM recebeu informações de que teriam combinado salários de R$ 6 mil reais pelos dois dias trabalhados, mais alimentação e hospedagem.
“O custo da vinda desses médicos será bem maior para o Governo do Estado do que o pagamento do reajuste pedido pelos médicos, que é de R$ 1 mil por plantão”, criticou Medeiros.
O secretário Nonato Bandeira (Comunicação do Estado) negou que o governo esteja bancando hospedagem e alimentação dos médicos cariocas.
Ele disse ainda, em entrevista a Nonato Guedes, da CBN João Pessoa, que eles serão remunerados nos mesmos níveis pagos aos médicos cooperados (R$ 1 mil por plantão).
Intermediações
Dois representes do CFM estão tentando intermediar as negociações junto ao governador Ricardo Coutinho, encerradas no final de semana.

“Já tentamos marcar audiência, mas o secretário Waldson de Sousa (Saúde) disse que só negocia com o retorno dos médicos ao trabalho”, informou, acrescentando:
“Queremos ao menos ser ouvidos”.
O governador concedeu audiência - programada para às 13 horas - mas com participação apenas dos representantes do conselho federal.
O Governo está solicitando o registro provisório dos médicos cariocas.
A greve
Os médicos efetivos entregaram os plantões desde a última sexta-feira, pedindo a isonomia com os valores pagos aos médicos contratados.

Depois de uma semana de greve, os cooperados garantiram o pagamento de R$ 1 mil por plantão. Os efetivos continuam recebendo R$ 640.
Hoje haverá nova assembléia, quando os médicos deverão se manifestar a respeito da continuidade da greve.
Os médicos cooperados, mesmo após a garantia de recebimento de R$ 1 mil por plantão, continuam sem trabalhar em solidariedade aos efetivos.
Adriana Bezerra/PortalCorreio