PM liderava quadrilha de clonadores de cartões

Um soldado da Polícia Militar paraibana foi preso no fim da tarde de ontem por policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, acusado de envolvimento com a quadrilha de clonadores de cartão de crédito, presa na quarta-feira, na Grande João Pessoa, que aplicaram golpes no valor de R$ 1 milhão em João Pessoa e Recife, em Pernambuco.


Sete motocicletas e um quadriciclo foram apreendidos com os "playboys". Foto: Fabyana Mota/ON/D.A Press.
De acordo com o delegado do GOE, Jean Francisco, o soldado Rafael Paz de Siqueira Andrade, do 1º Batalhão da Polícia Militar, em João Pessoa, é apontado nas investigações como um dos principais organizadores do esquema de clonagem de cartões de crédito descoberto pelo GOE. Com a prisão dele chega a seis o número de prisões realizadas pela Polícia Civil dentro da Operação Playboy. Mesmo depois da prisão de cinco integrantes da quadrilha, na quarta-feira, o soldado teria se apresentado normalmente para trabalhar ontem no batalhão e foi surpreendido com a prisão dele.

No fim da tarde o soldado Rafael foi encaminhado ao GOE, mas policiais que estavam na delegacia não quiseram apresentá-lo à imprensa, como aconteceu com os outros cinco integrantes da quadrilha na quarta-feira. Ainda nas operações realizadas ontem a Polícia Civil apreendeu outro jet ski em uma marina na Grande João Pessoa.

A Operação Playboy foi executada pelo GOE, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram presos os pernambucanos André Cruz Sousa Leão, 31 anos, Gustavo Henrique Feijó Pessoa, 32 anos, José Nilson Dantas Júnior, 29 anos, Felipe Brito Germoclio, 32 anos e José Nilson Dantas, 54 anos, pai de Nilson Júnior.

Além de vários aparelhos de ar condicinado, computadores, revólveres e cartõe clonados, os policiais apreenderam com o grupo sete motos, um quadriciclo, dois veículos (um i30 da Hyunda roubado e uma L200, da Mitsubish e um jet ski. De acordo com a polícia, os acusados costumava se exibir como dinheiro obtido através dos golpes, inclusive chegando a tomar banho de uísque e acender cigarros com notas de R$ 50,00. O policial preso ontem foi ouvido pelo delegado Jean Francisco e deve ficar preso no 1º Batalhão da PM. 

JornalONorte