Dez presos recebem alta no HT; seis ainda correm risco de morte

Seis detentos continuam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado gravíssimo, nove estão em estado grave na unidade semi-intensiva, 12 estão na Unidade de Terapia de Queimados (UTQ), três na enfermaria e dez já receberam alta segundo boletim divulgado pelo Hopsital de Emergência e Trauma na manhã deste sábado (24).


Na noite de ontem, um outro detento deu entrada no Hospital de Trauma, após ter os ferimentos agravados. O paciente está internado na Semi-intensiva e as queimaduras se concentram na parte do rosto. O estado de saúde dele é considerado grave.

Todos os outros deram entrada na tarde de ontem, depois que um incêndio matou cinco presos e deixou outros 40 feridos na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do Roger, na Capital.

Em virtude do ocorrido, as visitas durante todo o dia de hoje se mantêm suspensas. Apenas os pacientes antigos, considerados em estado grave, podem receber as visitas dos familiares. Estes terão que ser previamente identificados e autorizados. A segurança na área externa e interna do hospital está reforçada com mais de 50 homens da Polícia Militar e do próprio HT.

No Roger

Até que todos os problemas estruturais criados pelo incêndio sejam sanados, as visitas estão proibidas. A Penitenciária deveria abrigar pouco mais de 300 presos, mas atualmente aloja quase 900. Informações oficiais são de que o incêndio teria sido proposital e para criar uma distração para a Polícia e facilitar uma fulga em outro presídio.

Segundo o secretário de administração penitenciária, Roosevelt Vita, o tumulto teria tido início para encobrir uma tentativa de resgate do preso Jackson Pereira da Silva, no Presídio do Jacarapé, o PB-1. Vita disse que a ação devia criar um tumulto ateando fogo em colchões para chamar a atenção da Polícia, mas o fogo saiu do controle e teria se transformado em um incêndio, que feriu dezenas de apenados.