O deputado estadual Trócolli Júnior (PMDB) está cobrando do governo estadual o pagamento da gratificação do risco de vida para policiais militares e bombeiros da Paraíba. O abono é uma vantagem pecuniária recebida pelos PMs visando compensar a possibilidade de dano a que se submete o militar no exercício da sua profissão, mas que não está sendo paga aos paraibanos. Para o legislador preservar a vida daqueles que cuidam da segurança é importante para manter, inclusive, o estímulo aos homens e mulheres que fazem parte dessas corporações.
“Não adianta equipar esses profissionais com coletes a prova de balas e viaturas novas se não valorizar a vida dos policiais e dos bombeiros. É preciso olhar para eles como humanos que também precisam de garantias para sua própria vida. Hoje um policial vai pras ruas sabendo que se sofrer um atentado, ficar com sequelas e tiver que se aposentar ele perderá 40% do seu salário. Da mesma forma se ele morrer, a sua viúva, que passará a ser pensionista, vai receber a pensão também com essa redução”, disse Trócolli Júnior.
A preocupação do deputado com relação ao pagamento dessa gratificação cresceu ainda mais após o assassinato do sargento reformado da Polícia Militar de João Pessoa, Noaldemir Alves Borges, de 53 anos. Ele foi morto na tarde do último domingo (25), em Campina Grande, após reagir a um assalto em uma panificadora, na avenida Almirante Barroso, no bairro do Cruzeiro.
“Ficamos ainda mais preocupados com a situação de nossos policiais depois desse crime. Apesar de termos um comando eficiente em Campina Grande, com a atuação do coronel Souza Neto, que tem sido muito firme naquela região ainda acontecem coisas terríveis como essa. Queremos nos solidarizar com os familiares desse policial e aproveitar para mais uma vez cobrar do governo o pagamento do risco de vida para os PMs”, disse.
Risco de vida garante motivação e segurança pessoal, diz coronel Francisco
O presidente do Clube dos Oficiais da Polícia e do Bombeiro Militar da Paraíba, coronel Francisco de Assis da Silva, apoiou a cobrança de Trócolli Júnior e lembrou as perdas salariais que os policiais e bombeiros têm ao se aposentar por invalidez. “Imagine o que é um policial ir para a rua sabendo que vai encontrar meliantes e que vai correr risco de morte. Imagine ele saber disso e ter certeza que se sofrer um atentado e ficar em cima de uma cadeira de rodas ele vai perder 40% do seu salário. Isso é uma desmotivação”, ressaltou coronel Francisco.
Fonte: Ascom