Paraíba registrou 463 novos casos de hanseníase em 2018

Resultado de imagem para casos de hanseníaseA Paraíba registrou 463 novos casos de hanseníase em 2018. Destes, 17 casos foram em menores de 15 anos. A informação é da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que promoveu, nessa quarta-feira (18), uma mobilização para a busca ativa dos casos da doença na Unidade de Saúde da Família Mario Andreazza I e II, no município de Bayeux.

Os atendimentos, realizados em parceria com o município, fazem parte do projeto de capacitação do Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), para formação dos Profissionais de Saúde no Diagnóstico e Manejo Clínico da Hanseníase, em localidades endêmicas. Nesta quinta (19), a ação chega ao município de Santa Rita, uma das cidades com maior índice da doença na Paraíba.

Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que acomete principalmente a pele e os nervos periféricos. Por conta do preconceito em relação à doença, muitos pacientes não procuram o atendimento na unidade básica de saúde.

“Primeiro o usuário tem vergonha por conta da questão do preconceito. Então ele prefere muitas vezes ocultar a doença ou procurar um atendimento fora do município por vergonha”, explica a diretora de epidemiologia do município de Bayeux, Vanessa Silva. A hanseníase tem cura em qualquer fase da doença e o tratamento é realizado por meio da associação de medicamentos poliquimioterapia – PQT.

A doença se caracteriza por manchas brancas ou avermelhadas que não coçam, não doem e são dormentes que podem atingir: rosto, olhos orelhas, nariz, braços, mãos, pernas e pés A hanseníase é curável e o tratamento está disponível na rede pública de saúde, com acesso e acompanhamento feitos nas unidades básicas de saúde.

O assessor do Ministério da Saúde, o dermatologista Maurício Nobre, explica a importância do diagnóstico precoce: “As lesões de pele não incomodam, a pessoa demora muito para procurar o atendimento e tem um comprometimento dos nervos. Se não tratada, a hanseníase pode causar dormência, paralisia nas mãos e nos pés”.

Ainda de acordo com o assessor do Ministério da Saúde, é importante que o município faça a busca ativa para identificar os possíveis casos e os pacientes em tratamento. Após uma análise de saúde epidemiológica, foi detectado que Bayeux, assim como o município de Santa Rita, são regiões hiperendêmicas.

Em 2018, a Paraíba registrou 463 novos casos de hanseníase. Destes, 17 casos novos foram em menores de 15 anos. “É importante identificar as crianças, pois isso significa que o vírus está ativo e circulando”, explica a chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas, Ana Estella Pacha. Dos casos do último ano, a taxa de detecção foi de 11,7%, Já a cura foi de 70,8%. Este ano 387 casos novos casos de hanseníase foram registrados e nenhum óbito até este mês.

Fonte: Redação